O prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, está entre os presos na manhã desta
quinta-feira (13) na segunda etapa da operação Et pater filium, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco). As investigações envolvem suspeitas de fraudes em
licitações. Severgnini é presidente da Federação Catarinense de Municípios
(Fecam).
Membros da Procuradoria Jurídica
da prefeitura e do secretariado estão reunidos para discutir o caso, e não
foram localizados pela coluna no início da manhã.
O mandado de prisão preventiva
foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), porque o
prefeito tem foro privilegiado. Além dele, mais uma pessoa foi presa
preventivamente. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas
cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, todas no Planalto Norte.
O foco das investigações são
licitações que envolvem contratações públicas, especialmente no ramo da
construção civil. A primeira etapa da operação ocorreu em 31 de julho, quando
foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Major Vieira e Balneário
Piçarras, em Santa Catarina, e em União da Vitória, no Paraná.
Na ocasião, o Ministério Público
divulgou que há suspeitas de direcionamento de contratos para empresas
parceiras dos investigados, em troca de supostas vantagens para os agentes
públicos. O que, de acordo com nota do MPSC, teria trazido “danos milionários
aos cofres públicos”.
A defesa do prefeito não foi
localizada. Assim que se pronunciar, sua posição será publicada. A Fecam também
não se manifestou ainda sobre a prisão.
Orildo Severgnini assumiu a
função em junho, com a saída do prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, que deixou
o cargo atendendo à lei eleitoral, já que pretende concorrer à reeleição.
Fonte: NSC